Centro Universitário de Cultura e Arte
Fundado em 1995, o Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA) é a Unidade Organizacional responsável pela gestão, planejamento, coordenação e execução da política cultural da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) junto à comunidade acadêmica e à sociedade da região sob sua abrangência direta. Sua origem remonta ao reitorado do Prof. Josué da Silva Mello (1991-1995), quando a Universidade reconheceu a necessidade de constituição de um órgão que pudesse atender à crescente demanda por ações culturais, até então desenvolvidas, de forma pontual e isolada, pela Pró-Reitoria de Extensão e departamentos.
Para concretizar a sua proposta, o CUCA reuniu, no conjunto arquitetônico da antiga Escola Normal de Feira de Santana, diferentes aparelhos culturais que já faziam parte da UEFS, a exemplo do Seminário de Música e do Museu Regional de Arte de Feira de Santana. Esses equipamentos passaram, então, a se constituir como setores do CUCA, especializados em seus respectivos segmentos artísticos. Outras unidades também foram criadas, a fim de abarcar as áreas de teatro e dança.
Assim, atualmente, o órgão dispõe de uma estrutura física que abriga, além do Museu Regional e do Seminário de Música, a Galeria de Arte Carlo Barbosa; o Laboratório de Arte-Ciência/ Experimentoteca; a Biblioteca Setorial Pierre Klose; as Oficinas de Criação Artística; o Teatro Universitário; o Teatro de Arena; o Laboratório de Informática; a Sala de Vídeo; a Sala de Reuniões Simões Filho; a Sala de Cinema de Arte (em implantação) e a Sala de Coordenação de Eventos. Oferece, ainda, espaço para o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI).
Com essa composição, o CUCA desenvolve atividades regulares e eventos especiais, a fim de dar sustentação à política acadêmico-cultural da Instituição, envolvendo as mais diversas áreas e linguagens artísticas, a exemplo da música, dança, artes plásticas e teatro. Além disso, promove, estimula e apóia manifestações oriundas da cultura popular, sob suas várias formas de expressão, como a Caminhada do Folclore, o Bando Anunciador, o Festival de Sanfoneiros e o Aberto.
O CUCA incentiva, também, a criação literária e as experiências de arte-educação, através de projetos voltados à integração entre ciência e arte, dirigidos a professores e alunos da Escola Básica e realizado, originalmente, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Além do Curso Básico de Musicalização, a Instituição também oferece à comunidade feirense, todos os semestres, oficinas independentes, com duração de três a quatro meses, nas áreas de teatro, dança, música e artes visuais. Não há cobrança de mensalidade. Os alunos arcam apenas com os custos de inscrição, ficando responsáveis também pelos materiais necessários à sua participação nas oficinas.
Direção: Rosa Eugênia Vilas Boas
Contato: (75) 3221-9611
SETORES QUE COMPÕEM O CUCA:
Museu Regional de Arte de Feira de Santana
O Museu Regional de Arte de Feira de Santana foi fundado em 26 de março de 1967, por iniciativa de um grupo de intelectuais feirenses, com apoio do jornalista Assis Chateaubriand, que doou à instituição cerca de 100 obras de artistas plásticos renomados nacional e internacionalmente. A doação das obras conferiu ao MRA contornos de museu de arte, já que, inicialmente, havia sido pensado para abrigar um acervo característico do Ciclo do Couro, com o intuito de preservar as raízes históricas do município de Feira de Santana.
Em 1985, o Museu Regional, até então administrado pela Prefeitura Municipal, passa a ser gerido pela UEFS, tendo sido incorporado ao patrimônio da Instituição. Dez anos depois, o acervo de artes plásticas foi transferido para o prédio da antiga Escola Normal de Feira de Santana, atual Centro Universitário de Cultura e Arte, localizado na Rua Conselheiro Franco, nº 66, Centro. O acervo do Ciclo do Couro, por sua vez, foi transferido para o Museu Casa do Sertão, localizado no Campus Universitário.
Em 1998, o MRA sofreu a maior intervenção de sua história, viabilizada através da celebração de dois convênios: o primeiro, com o SEBRAE, possibilitou a restauração de quase duas centenas de obras, atualizando a manutenção de 85% do seu acervo. O segundo, com a Fundação Banco do Brasil, garantiu a realização dos trabalhos de restauro e adaptação do pavilhão onde está localizado.
Reinaugurado em 31 de março de 1999, o Museu Regional de Arte de Feira de Santana desempenha um papel relevante no fomento à cultura e à produção artística da região. Seu acervo, reunido por galeristas do Rio de Janeiro e de São Paulo, forma uma das mais significativas coleções de arte moderna inglesa, brasileira e baiana.
A Coleção Inglesa, doada por Chateaubriand, confere ao MRA a condição de único, na América do Sul, a possuir uma amostra substantiva da arte inglesa produzida nas décadas do Pós-Guerra. A Coleção de Arte Brasileira, também doada pelo magnata das comunicações no Brasil, abrange o período que vai da Semana de Arte Moderna de 1922 até o neo-concretismo dos anos 60, reunindo obras de importantes nomes das artes plásticas brasileiras, como Di Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro.
Já a Coleção de Arte Baiana, reúne obras dos artistas pioneiros, além das duas gerações subsequentes, cobrindo as décadas de 1940, 1950 e 1960. As coleções de gravuras, xilogravuras, litogravuras, assim como a coleção de 18 esculturas, completam o acervo, constituído, também, com o propósito de educar através da arte, privilegiando o desenvolvimento de ações e atividades de Pesquisa e Extensão da Universidade.
Recentemente, o prédio que abriga o MRA voltou a ser restaurado, após passar mais de dois anos fechado, em função do comprometimento de sua estrutura física. Nesse período, a UEFS viabilizou também a limpeza e conservação de sua valiosa coleção, que voltou a ser apreciada pelo público no dia 09 de maio de 2015, ocasião em que a Instituição reinaugurou o Museu com o vernissage da exposição que reuniu as principais obras de seu acervo histórico.
Coordenação: Cristiano da Silva Cardoso
Galeria de Arte Carlo Barbosa
A Galeria de Arte Carlo Barbosa foi constituída em abril de 1998, através da Portaria 343/98, e ocupa um dos anexos do Centro Universitário de Cultura e Arte. É um espaço importante de difusão cultural e de apoio e estímulo aos artistas, em especial aos talentos emergentes. A galeria vem se firmando como excelente ponto de comercialização de obras de arte. Entre os seus objetivos, destacam-se:
promover exposições de artistas locais, regionais e estaduais;
promover exposições de acervo flutuante;
disponibilizar o acervo para aquisição pelo público visitante.
O espaço tem estrutura compatível com as melhores galerias do Estado, dispondo de refrigeração climatizada e de reserva técnica para guarda do acervo flutuante, o que a torna um local requisitado no meio artístico. Desenvolve, também, um trabalho educativo junto aos usuários, com vistas à qualificação do mercado de arte em âmbito local, regional e estadual.
Coordenação: Gislaine da Silva Calumbi
Experimentoteca
A Experimentoteca é um laboratório móvel de ciências, cuja origem está relacionada ao convênio de cooperação técnico-científica entre a Universidade de São Paulo (USP) e a UEFS, celebrado em 1997, para o desenvolvimento do Projeto de Extensão Interação Ciência e Arte no Desenvolvimento das Potencialidades Regionais.
Atendendo às escolas do Ensino Fundamental e Médio, a Experimentoteca realiza atividades de capacitação e treinamento de professores e alunos, instrumentalizando-os, a fim de dinamizar a realidade da sala de aula, através da experimentação, melhorando, assim, a qualidade do ensino de Ciências Físicas e Biológicas, na Escola Básica da Região de Feira de Santana.
O projeto torna acessível metodologias e ferramentas favorecedoras da interação entre teoria e prática no cotidiano escolar, contribuindo para o aprimoramento e motivação de professores e alunos; promovendo uma aprendizagem sólida e duradoura; e cooperando para o resgate e requalificação de escolas das redes pública e privada, localizadas no entorno da Universidade. Para tanto, utiliza os recursos mais diversos, inclusive a abordagem de conceitos científicos por meio de linguagens artísticas, possibilitando a dramatização de conceitos e situações, a fim de tornar prazeroso o ato de aprender.
O acervo da Experimentoteca é formado por 74 kits e constituído, basicamente, por materiais de laboratório ou demonstrativos, filmes, atlas ilustrativos do corpo humano, mapas, modelos e jogos, permitindo que equipes de até 10 alunos realizem experimentos, simultaneamente, com temas diversos.
O setor funciona à semelhança de uma biblioteca pública, mediante empréstimos dos módulos experimentais, facilitando o acesso de um extenso público ao seu acervo. Conta, também, com um Laboratório de Polimerização, destinado à produção de tecnologias educacionais, com o uso de resina, à qual são incrustados materiais zoológicos, botânicos e outros, formando coleções. Os usuários da Experimentoteca são assistidos por professores orientadores, artistas plásticos e estagiários bolsistas, oriundos dos diversos cursos de graduação da Universidade.
Além do espaço da Experimentoteca, o CUCA utiliza ainda os laboratórios de Biologia, Física e Química, localizados no Campus Universitário, e o Observatório Astronômico Antares, a fim de aprofundar a capacitação de professores e alunos, aprimorando os experimentos e estudos, qualificando o atendimento às escolas cadastradas no projeto e outras interessadas na proposta, com impacto visível no ensino das disciplinas trabalhadas.
Biblioteca Setorial Pierre Klose
Integrante do Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Feira de Santana (SISBI/ UEFS), a Biblioteca Setorial Pierre Klose recebe esse nome em homenagem a um dos fundadores do Seminário de Música de Feira de Santana, o professor e pianista francês Pierre Klose.
A biblioteca iniciou suas atividades em 1995, com um pequeno acervo, formado a partir de doações feitas ao Seminário de Música, à época da antiga Faculdade de Educação, com o objetivo de dar suporte às atividades desenvolvidas pelo CUCA.
Atualmente, o setor coloca à disposição do público, principalmente dos docentes e discentes do Ensino Fundamental e Médio, um acervo de 2.464 títulos, especializado nas áreas de arte, ciência e cultura. Desenvolve, também, atividades de caráter artístico-cultural, estimulando o desenvolvimento intelectual, a participação e a criatividade de seus usuários, desempenhando um papel significativo em termos de difusão cultural.
Coordenação: Tânia Augusta Pereira
Seminário de Música
Fundado em 1962, como parte das ações de extensão da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Seminário de Música de Feira de Santana foi incorporado à UEFS em 1985 e é um dos principais exemplos de sucesso de assimilação de uma tradicional instituição cultural feirense pela Universidade.
Integrado ao complexo do CUCA, o Seminário pôde dar continuidade ao trabalho de formação musical que há décadas desenvolvia na sociedade, contando com o apoio institucional e logístico da UEFS. Manteve o propósito de conscientizar a comunidade sobre a importância da música no processo de desenvolvimento global do indivíduo, bem como de promover a formação musical, propiciando oportunidade de criação nas diversas modalidades de instrumentos musicais.
A Instituição oferece cursos de piano, violão, saxofone, clarineta, trompete, flauta doce, flauta transversal, violino, violoncelo, trombone e bombardino, disponibilizando um amplo elenco de disciplinas teórico-práticas, que possibilitam não só um conhecimento histórico-teórico-musical, mas também a destreza instrumental, aprimorando potencialidades e contribuindo para a desinibição em apresentações públicas.
O Seminário procura consolidar, também, o projeto do Curso Básico de Musicalização, com formação em música, nível médio, através da oferta de turmas experimentais. Além disso, coordena o Coral da UEFS, cujas apresentações têm sido sempre alvo de elogios, em todos os eventos de que participa, inclusive em outros estados.
Além das atividades regulares, o Seminário de Música do CUCA promove eventos especiais, que visam, sobretudo, pôr em evidência o resultado do aprendizado dos alunos de seus cursos regulares, além de contribuir para o processo de formação de plateia em Feira de Santana.
Coordenação: Vandson de Oliveira Nascimento
Oficina de Criação Artística
A Oficina de Criação Artística (OCA) é um espaço destinado à realização de oficinas de artes visuais, que têm por objetivo estimular a criatividade e oferecer oportunidades de apoio e desenvolvimento de habilidades artísticas principalmente a talentos emergentes.
A OCA fomenta ainda a produção artística, beneficiando quem já atua no mercado de forma profissional, através da criação de meios para a aquisição de novos conhecimentos, servindo de referência para artistas veteranos e iniciantes, nas comunidades local e regional.
O setor também funciona como espaço de apoio às atividades de arte-educação desenvolvidas pelo Museu Regional, dando suporte aos projetos de integração com as escolas do município.
Coordenação: Rita de Cássia dos Reis Sampaio Benício