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13/05/2022 15:00

Neabi/Uefs discute o 13 de maio entre memórias e ressonâncias no Brasil contemporâneo

A Universidade Estadual de Feira de Santana através do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), o Colegiado de História e o Mestrado em História realizaram nesta sexta-feira (13) o evento “13 de maio: Entre memórias e ressonâncias no Brasil Contemporâneo”. O encontro aconteceu pela manhã, no auditório do Mestrado em História e foi transmitido pelo canal do Neabi no YouTube.


Mediado pela professora mestra, Railda Neves, vice-coordenadora do Neabi, licenciada em História pela Uefs e mestra em História da África da Diáspora e dos Povos Indígenas pela UFRB, o evento trouxe a memória da resistência dos negros em diáspora no Brasil desde a luta por liberdade, passando pela abolição simbólica com a data 13 de maio até o período contemporâneo de pós-abolição.


Os professores trazem essa perspectiva de quebra de silêncio através da necessidade de se estar trabalhando esses questionamentos, ‘que abolição é essa?’ ‘que república é essa?’, que o racismo continua resistindo?!”, colocou a mediadora da mesa.


As memórias e escritos dos pensadores negros feirenses, como Germinano Costa, no período da escravatura foi apontado pelos estudos do professor Jaques Leone, licenciado em História pela Uefs, mestrando em História pela Ufba e especialista em História da África e Cultura Afro-brasileira pela Uniasselvi.


Wilson Mattos, professor titular da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), coordenador do Programa de Pós-graduação em História Regional e Local na Uneb e coordenador do Afrouneb, Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-brasileiros, colocou através de suas pesquisas, a data como a primeira abolição formal e que de fato não aboliu a população negra de toda herança de dominação.


Não entenderemos o Brasil, sobretudo o Brasil pós-abolição, republicano, se nós não questionarmos profundamente as origens do racismo e adotarmos formas, não só de interpretação, mas de ações políticas capazes de combatê-las; se não formos capazes de combater o racismo, essas desigualdades vão continuar se reproduzindo”, disse o professor.


Ele ainda completou, “sobretudo na segunda metade do século XIX, há o crescimento progressivo de medidas proibitivas de acesso ao trabalho livre e a renda, como a Lei de Terras em 1950; essa lei imperial impediu o acesso da população negra e pobre à principal fonte de renda autônoma no meio rural, a própria terra”.

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